quarta-feira, 27 de julho de 2011

AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO

            Na visão de Karl Marx a sociedade é dividida em classes que estão em constante conflito, porém isso faz com que ela cresça mediante os desafios que ela própria se propõe no dia-a-dia e ela nunca tem seu fim, ela está em constante processo de crescimento. Por nossa sociedade estar em crescimento, as mudanças que ela sofre são muito freqüentes também, mudança como no âmbito econômico, social, intelectual, político, populacional, geográfico, etc., e todas estas mudanças acabam gerando alterações no mundo do trabalho causando desemprego aos habitantes das cidades.
            Nas classes sociais, que eram as divisões propostas por Marx para a sociedade temos, a figura da burguesia capitalista (detentores de capital e dos meios de produção) e o proletariado (que são as pessoas desprovidas de capital e que vivem mediante a força de seu trabalho para conseguir as posses necessárias para a vida, que nada mais são do que trabalhadores que vendem sua força de trabalho para a burguesia). Para Marx estas duas classes sempre existiram no mundo do trabalho, porém cada vez mais as diferenças entre elas se agravam em nível de conquista de posses.
            No mundo contemporâneo temos indivíduos que necessitam de um trabalho digno, porém não temos a escassez de trabalhos deste porte, o problema é que estes mesmos indivíduos que necessitam de um trabalho se encontram na falta de capacitação para isso. O mundo atual sofreu fortes avanços na esfera tecnológica e os indivíduos muitas vezes não acompanharam este avanço, por isso não conseguem muitas vezes se encaixar no mercado de trabalho atual. E nesta questão da tecnologia o problema se torna mais agravante se pensarmos que as máquinas vêm substituindo a força humana no decorrer dos tempos cada vez com mais intensidade, causando assim uma diminuição das possibilidades do homem encontrar trabalho.
            Nos anos 70 e 80, há um aumento no número de trabalhos informais e temporários, diminuído os trabalhos formais devido a uma mudança no modelo conservador.
Devido as mudanças tecnológicas e as transformações do capitalismo, o mundo do trabalho também se modificou, tornando-se cada vez mais instável e inseguro para o proletário de Marx. O trabalho mecanizado vem sendo a causa dessa instabilidade no campo do trabalho, pois o trabalho do homem vem sendo substituído, que são reflexos do movimento Taylorista e Fordista, que propõe um avanço tecnológico onde o homem tem sua força de trabalho substituída pela própria tecnologia que tem desenvolvido nas fábricas modernas.
O homem é um ser dotado de direitos e frágil a doenças e a sentimentos, diferente das máquinas, que não geram tantos gastos e são objtos frios dos quais não estabelecemos relação e, portanto, a substituição do homem pelas máquinas torna-se mais vantajosa, pois aumenta-se a produção e diminui-se os gastos. Por isso as empresas, com o avanço da tecnologia, têm preferido trocar o homem pelas máquinas.
O avanço tecnológico não é ruim, pelo contrário, é muito bom para o crescimento da sociedade. E o trabalhador não é contra esse avanço, o problema é que este avanço tem sido a causa brusca da expulsão do homem do mercado de trabalho que é o seu meio de obter as condições econômicas que necessita para a vida. O correto seria a tecnologia vir para somar-se ao trabalho do homem e não para descartá-lo como um mero objeto que pode ser substituído. O homem é ser complexo , como diria Mounier, dotado de inteligência, sentimentos, possível de estabelecer comunicação, e, que por tudo isso é mais digno de respeito e possui mais valores do que as máquinas. Porém, atualmente, não tem sido dada a importância necessária e de direito as valores humanos.
Referência Bibliográfica
GIDDENS, Anthony. Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. São Paulo. Record, 2000.